Feira tradicional, de cariz popular, com alguns anos de atividade, onde pode adquirir aves, enquanto animais de companhia. É permitida, a comercialização de gaiolas, comedouros, bebedouros, poleiros, alimentação e demais artigos necessários para o alojamento, manutenção e criação. Mesmo que a intenção não seja comprar encante-se com os cantares das aves, com as suas cores e o movimento da feira. Ao passar pela feira ninguém escapa ao deslumbramento de olhar o Rio Douro e as pontes.
Esta feira começou de uma forma espontânea na Praça da Batalha onde eram comercializados os produtos manufaturados (bijuteria, carteiras, entre outros). Nos anos 90 a Câmara Municipal do Porto regulamentou esta atividade, através da criação da Feira de Artesanato da Batalha.
Inspirado na forma triangular do espaço da Mezzanine da Galeria Municipal do Porto como uma potencial metáfora do Triângulo da Bermudas, Luís Lázaro Matos irá transportar-nos para um remoinho de imagens caleidoscopicamente suspensas no espaço. Progressivamente interessado nos processos contemporâneos de constante monetização e vigilância no espaço cibernético, o artista tem-se preocupado ultimamente con intersecções entre a leveza da arquitectura moderna de vidro e a transparência das redes sociais. Será esta àrea triangular na Galeria Municipal do Porto não apenas um espaço expositivo, mas também um lugar de desaparecimento? Waves and Whirlpools tem curadoria de Martha Kirszenbaum, curadora do pavilhão de França na 58ª Bienal de Veneza, 2019.
Vemos o Douro com o olhar dos fotógrafos pioneiros: a magnificência dos socalcos descendo em ondas suaves até ao rio, as pontes e os túneis de Emílio Biel, o trabalho da vinha e a vindima do seu aprendiz, Domingos Alvão, as mimosas ou as amendoeiras em flor do turismo do Estado Novo. Quando a cor chegou, as tonalidades sobrepostas do ouro dos solstícios e os vermelhos velhos. Este foi e é o Douro mítico, com os rabelos guiados por marinheiros, a descerem em fila até ao cais, as pipas rumo aos armazéns de Gaia. Este Douro permanece nos postais e nos panfletos de publicidade. Carlos Cardoso, ano a ano, reconstruiu o Douro de hoje, mantendo a realidade das suas permanências e mudanças, a preto e branco, entre a memória das imagens e o seu significado, que só o contraste da sombra e da luz permitem clarificar. Quase imutável no tempo das Eras, as rochas milenárias, o granito do soco ibérico, o xisto do seu esmagamento tórrido. As lâminas do xisto desafiaram os homens e forjaram o destino da vinha, são a matriz do território. O fotógrafo mostra-nos o seu poder, nos caminhos, nos bloqueios, no chão das amendoeiras e das vinhas, mas também a matéria prima do seu aproveitamento direto e, aqui e ali, o fracasso da rocha frente à vegetação ou o signo da permanência na dependência do divino. Nesta base matricial os homens produziram os socalcos à sua medida, depois os patamares à medida das máquinas. A civilização da comunicação apropria-se do Douro desde o caminho de ferro e explode com a rodovia. A paisagem faz-se com vigas de ferro, betão e espirais de cimento armado dentro de uma figura de velho e novo. Para o esclarecer, não há cestos para o transporte das uvas e proteção do vidro : a cultura rodoviária é também a do plástico e do efémero. Então, porque se trata de um olhar fotográfico, uma nova coleção de imagens transforma o abandono, o desleixo e o desalento em belas imagens de vestígios, de signos impuros de uma pura saudade. Define-se uma unidade visível entre as brechas nas lâminas de xisto, na sua ilusória solidez e as construções que falam dos níveis técnicos da cultura do homem. Ambas se esboroam, se cobrem de ervas daninhas, se rasgam sob o impulso vital das árvores: ambas falam de um pretérito e de um presente em mudança. As camadas de xisto desmantelam-se como as linhas do caminho de ferro, definindo novas camadas de chão. As estações abandonadas, criadas para afirmarem o seu portuguesismo, são invadidas pelo mato e pela desolação. Por vezes cruzam-se os dois mundos do velho recente e do novo, na geometria dos equipamentos, mas sempre, sempre a geometria maior são os montes que reduzem a mera cicatriz a estrada que os rasga. Este Douro construído, marcado e sofrido está condenado a ser um deslumbramento. O ondulado matricial das serras é aprofundado com as linhas concêntricas e as verticais muito brancas dos patamares; os precipícios, os xistos estrelados de luzeiros, a estrada real do rio tornaram-se sistemáticas apropriações do homem. Mas um miradouro das alturas, um banco de descanso repintado, as quintas multiplicando a qualidade do vinho são outras respostas ao que a Natureza oferece ou nega: a Natureza é indiferente ao homem, indiferente a si, como conceito. A tensão entre o espírito crítico e a saudade ou a procura da beleza são coisas do homem. É disso que falam estas imagens.
A partir de 6 de dezembro de 2019 e até 27 de dezembro de 2020, o Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP) acolhe, no seu polo central (Edifício Histórico da Reitoria da Universidade do Porto, à Cordoaria), a exposição Culturas e Geografias. A assinalar o ano comemorativo do seu centenário, a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) coorganiza com o MHNC-UP, e em colaboração com o Museu Nacional de Soares dos Reis, uma exposição que dá a conhecer as coleções que integraram o seu acervo museológico e artístico durante a primeira fase da sua existência (1919-1931). Originalmente utilizadas como suportes de ensino em três salas-museu da primeira FLUP, estas coleções que, em 1941, transitaram para a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, encontram-se agora à guarda do MHNC-UP. Através de um conjunto de 250 peças extraordinárias de arqueologia e etnografia, os visitantes serão convidados a fazer uma viagem ao longo do tempo, durante a qual poderão explorar vivências e rituais das comunidades humanas em cada um dos cinco continentes.
Inaugura no Museu Militar do Porto, a exposição "Revolução de 24 de Agosto de 1820: Prelúdio do Liberalismo em Portugal", com curadoria Fernando Gonçalves. Aberta ao público durante dez meses (até 1 de agosto de 2021), a mostra expositiva aviva a bravura de um grupo de notáveis cidadãos do Porto, que dava o primeiro passo para o fim da influência inglesa e a decorrente monarquia liberal há 200 anos. O Norte exigia o regresso do Rei, uma Constituição, a justiça e a prosperidade. Estavam lançadas as sementes do progresso e da modernidade em Portugal e há documentos e peças históricas que comprovam.
Mais de 200 quadros falsificados, apreendidos nos últimos 15 anos pela Diretoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ), estão em exposição na Alfândega do Porto. "A Arte do Falso" reúne não só obras contrafeitas de nomes como Picasso, Júlio Pomar, Cesariny, Malangatana, Amadeo Souza Cardoso, como também objetos insólitos, que revelam a genialidade dos criminosos. Entre falsificações de notas, guarda-chuvas que se transformam em armas, a quadros expostos em leilões de galerias de arte que tinham passado pelo crivo de especialistas, a exibição reserva muitas surpresas, entre elas uma máquina que teria o dom de curar as pessoas ao simples acender de umas luzes. As obras falsas expostas ao público foram sendo localizadas pelos inspetores da PJ, principalmente nas áreas urbanas de Lisboa e Porto, em galerias de arte, leilões, feiras, exposições e antiquários. Na mostra existe ainda um espaço dedicado aos mais novos, onde podem colher impressões digitais e compará-las em diferentes superfícies.
R. H. Quaytman emprega técnicas de reprodução mecânica e tradições da arte conceptual para criar séries fechadas de obras divididas em capítulos. As partes subsequentes são numeradas para marcar a passagem do tempo e o gradual completar da vida e do projeto artístico. A artista trata todas as exposições e pinturas apresentadas como um empreendimento criativo. R. H. Quaytman aborda a pintura como se fosse poesia: ao ler um poema, repara-se em palavras específicas, apercebemo-nos de que cada palavra ganha uma ressonância. As pinturas de Quaytman, organizadas em capítulos estruturados como um livro, têm uma gramática, uma sintaxe e um vocabulário. Enquanto o trabalho é delimitado por uma estrutura rígida a nível material - surgem apenas em painéis chanfrados de contraplacado em oito tamanhos predeterminados resultantes da proporção áurea -, o conteúdo de final aberto cria permutações que resultam num arquivo sem fim. A prática de Quaytman envolve três modos estilísticos distintos: serigrafias baseadas em fotografias, padrões óticos, como moiré e tramas cintilantes, e pequenos trabalhos a óleo pintados à mão. O trabalho de Quaytman, apresentado pela primeira vez em Portugal, aponta para as novas possibilidades da pintura de hoje, o que é uma pintura, um ícone? Quais são os meios da pintura numa cultura saturada pela estimulação visual, da fotografia à floresta digital dos signos? A pintura aina é um meio relevante para partilhar a nossa história? A exposição é coorganizada pelo Muzeum Sztuki in Lódz, Polónia, e pela Fundação de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto. Comissariada por Jaroslaw Suchan.
Especificamente concebida para a sua Galeria Contemporânea, a primeira exposição de Hugo Canoilas (Lisboa, 1977) no Museu de Serralves confirma e expande algumas das preocupações que melhor definem a prática deste artista: a especulação sobre as relações entre arte e realidade (eventos políticos e sociais), a interrogação sobre as características e limites da pintura, e a ênfase conferida ao trabalho colaborativo. Com formação em pintura, Canoilas tem vindo a examinar o lugar deste meio artístico, a forma como ele é percecionado quer por visitantes de museus quer por transeuntes (o artista é conhecido por intevenções no espaço público que nunca são anunciadas como obras de arte). No caso desta exposição em Serralves, Canoilas prescinde do lugar onde mais naturalmente esperamos ver pinturas - as paredes da galeria -, e decide intervir no chão, no rodapé e no teto da Galeria Contemporânea - espaços negligenciados por quase todas as exposições de pintura. No chão apresentam-se três peças em vidro colorido que representam medusas. Realizadas na Marinha Grande, estas águas-vivas - possíveis símbolos do aquecimento climático, mas também das ideias de informe e de metamorfose na origem de vários trabalhos de Hugo Canoilas - devem poder ser pisadas pelos visitantes da exposição. O protagonismo conferido ao solo é confirmado pelo rodapé-pintura (em forma de caixa de luz, com uma pintura em linho no exterior esticada como uma tela, delimitando o espaço da exposição) em que o artista dá visibilidade a um elemento arquitetónico tão comum quanto despercebido. Já no teto da sala, Hugo Canoilas criará uma pintura gestual que, à imagem das suas mais recentes pinturas abstratas, parte de imagens da flora e fauna do fundo do mar. Saliente-se que a pintura também funciona como uma caixa de luz que cria uma aura na sala, afetando a perceção das medusas. As medusas sáo animais fascinantes, que ao longo dos seus invulgares ciclos de vida passam por várias metamorfoses, reproduzem células de formas inusitadas. A sua observação, que testemunha variações dramáticas de configuração, desafia todas as conceções de estabilidade, todas as ideias sobre a relação entre as partes e integralidade. Exatamente como esta exposição de Hugo Canoilas, composta de três elementos distintos - Chão, rodapé e teto - que se afetam mutuamente (em cooperação, simbiose competição, predação e parasitismo) e que é exemplar de uma prática artística que não se cristaliza numa forma, mas que constantemente se interroga nos seus limites, funções e pressupostos.
O Mercado da Ribeira é constituído por 10 lojas, e foi criado após a renovação do antigo mercado. Produtos alimentares na sua vertente tradicional, produtos de interesse turístico e promocionais, e restauração. Localização: Cais da Ribeira (Junto ao pilar norte da Ponte D. Luís I)
Continuando a explorar a magia e o fantástico dos contos infantis de Charles Perrault, Francisco Santos e a Vivonstage propõem para o início de 2020 o musical O GATO DAS BOTAS. O musical O GATO DAS BOTAS, acompanha as aventuras de um estranho Gato que saiu por herança a um jovem camponês. Sem saber o que fazer com ele mas denotando humanidade e carinho pelos animais o jovem irá ser surpreendido pela capacidade de improvisação do Gato que é portador de umas botas fantásticas. O Gato, com grande imaginação e muito corajoso irá tentar, através de um plano mirabolante, que o seu Dono venha a casar com a bela princesa. Mas, há sempre alguém a contrariar os seus planos, neste caso o odioso conselheiro do Rei que pretende tomar conta do trono. Será que o Gato das Botas sairá triunfante?
Este Alfredo Cunha de quem se fala é o homem com a sua câmara e o seu olhar. Qualquer bom fotojornalista intui, antes de o saber claramente, que uma imagem, que deve encerrar todo um conteúdo e uma sedução, é, sempre foi, um momento decisivo. Antes de ser definido por Cartier-Bresson, já existia na mente de quem fotografa o acontecimento, o rosto e o movimento. Na longa carreira de 50 anos de Alfredo Cunha, muita coisa mudou: o país que fotografa; o equipamento que usa — já longe da primeiríssima Petri FT, da Leica M3, que começou a usar em 1973, e das Leicas que se seguiram e a que se manteve sempre fiel; o suporte — do analógico, maioritariamente preto e branco, ao digital, que pratica desde 2003. A imagem fotojornalística responde à exigência de concordância com o texto, também se liga ao onde, quando, como e porquê. Porém, quando o fotógrafo já definiu o seu estilo — e é esse o caso de Alfredo Cunha —, a sedução da imagem sobrepõe-se à sedução da notícia. Em todas elas se torna difícil associar a imagem a um estilo pois Alfredo Cunha ultrapassa a corrente do momento e o tema. E é neste sentido que podemos dizer, com Barthes, que as suas fotografias resultam sem código, dependem da transmissão do seu para nosso afeto. Teresa Siza (texto adaptado)
Ao início era “eu e muitos”, depois passou a ser “muitos e eu” e finalmente passou a ser apenas “muitos”. Não é que eu me perdesse, esquecesse, diluísse ou evaporasse, não! Foi só que eu me coloquei no meu lugar real. Este, muito, muito lentamente, foi a coisa mais importante de entender. Sim, somos muitos!!! Muitos e pequenos!! Somos muitos, pequenos e jovens!! Lilliput é uma viagem através do ser humano. De uns humanos muito pequeninos. Tão pequeninos que nós, em comparação com aqueles seres que preenchem todo o chão do palco, somos gigantes. Gigantes! Imaginem o tamanho de alguém que pensa que nós somos gigantes! Com muito cuidado, conseguimos vê-os e ouvi-los através de câmaras e amplificações sonoras e… se calhar estes seres pequeninos falam de nós! Pensando bem, nós também somos muitos, pequeninos e jovens… — Ainhoa Vidal
Este trabalho organiza-se a partir de rituais de pesquisa em torno do tempo, da sua ocupação, suspensão e condensação. Reunidos numa lógica de acumulação, em cena encontram-se objetos reaproveitados, tecnologia low-fi, dispositivos de amplificação e gravações recolhidas aleatoriamente durante o processo. A partir deste ambiente os intérpretes produzem um mosaico de ações, configurando espaços físicos e mentais que provocam os efeitos da lentidão, da velocidade, da repetição, da continuidade, da descontinuidade, da medicação ou mesmo do esquecimento do tempo. O tecido coreográfico e sonoro produzido é atravessado também por fragmentos de memórias partilhadas, submetidas a processos de transformação e de desgaste.
FIBRA tem como génese as potencialidades plásticas do figurino, assumindo-o como o protagonista e como ponto de partida para a criação cénica. A epiderme roupa-corpo surge como suporte para explorar a ambiguidade e a beleza das emoções humanas, associada à ideia de deformidade e metamorfose. A partir das limitações e adaptações entre a peça vestível e um corpo, encontram-se pretextos para pensar o belo e o feio numa relação simbiótica que tem como inquietação inerente uma comunicação sensorial mais ativa entre a matéria, o artista e o espectador. Ao vestir o invólucro têxtil, o intérprete entra em isolamento com o exterior. Os cheiros, os sons e o toque ficam aguçados e, ao mesmo tempo, concentrados, sendo dominados. O que é visível assume uma dança de inúmeras identidades. - Filipe Moreira & Lola Sousa
Nascido do encontro entre Gwendoline Robin, o astrónomo Yaël Naze e o oceanógrafo Bruno Delille, Crater 6899 [Cratera 6899] mé uma brecha que nos conduz às origens do mundo, quando cometas colidiram com a Terra e libertaram grandes quantidades de água. Com ligação à astronomia (que analisa o céu, as galáxias, e observa os confins do universo) e à geologia (que remexe a terra, as pedras, a disposição de rochas e estruturas), a performance de Gwendoline Robin é um acontecimento que mudou a história do nosso planeta. Uma paisagem de material em suspenso, evocando desertos terrestres e espaços celestiais. Nada é fixo, tudo está sujeito a manipulação mudança de estado, transformação relacionada com o tempo e os gestos. Jogando com o infinitamente pequeno e o temendamente vasto, o infinitamente perto e o tremendamente distante. A instalação transforma-se gradualmente e torna-se numa paisagem nova a contemplar.
Campanhã é a Minha Casa é um projeto colaborativo que pretende aproximar a freguesia de Campanhã ao grande ecrã. Sem sala de cinema ou registo de presença num filme emblemárico da história do Cinema Português, o projeto transforma três espaços menos convencionais em verdadeiras salas de estar, gigantes mas acolhedoreas, onde serão apresentadas três sessões de cinema especiais. Campanhã é a Minha Casa é um convite a uma construção coletiva, onde todos estão convidados a entrar e também a participar. Para isso, os moradores da freguesia serão também desafiados a partilharem as suas coleções de folmes e registos de família, retratos de intimidade e da vida real, que servirão de base à realização de três curtas metragens, por parte dos realizadores Cláudia Varejão, Edgar Pera e Sónia Amen, que serão apresentadas no início de cada sessão. Locais onde vão decorrer as sessões: Monte do Forte; Bairro S. Vicente Paulo e Quartel da Bela Vista
O que acontece quando três amigos, como César Mourão, Miguel Araújo e António Zambujo, decidem ir juntos de férias para o Algarve? Conversa puxa conversa, guitarra puxa guitarra, improviso gera improviso. Sendo fãs há muito uns dos outros, quando deram por ela, estavam a criar e a improvisar canções em conjunto, sem qualquer outra intenção que não fosse divertirem-se. E assim foi. As boas memórias desses dias levaram-nos a querer partilhar com o público esses momentos de cumplicidade. Decidiram então convidar Luísa Sobral, ela própria uma improvisadora muito peculiar, de quem são devotados fãs e amigos, para se juntar a eles. O resultado? Um magnífico Desconcerto de música e bom humor, criado a la minute, absolutamente improvisado, absolutamente imperdível, que os surpreenderá a eles, tanto quanto ao público, e que é capaz de ser ainda melhor do que ir de férias com eles.
O Coreto é especialmente vocacionado para a apresentação de música original e regressa, esta noite, às composições do seu fundador, o saxofonista João Pedro Brandão. O grupo reúne um conjunto de figuras que têm deixado a sua marca na paisagem do jazz nacional e soma já quatro álbuns editados perante o reconhecimento da crítica internacional. Neste concerto, vagueia-se entre música escrita e improvisada, procurando espaços para cada um dos solistas de modo a realçar as suas vozes individuais e as suas afinidades. Segundo o prestigiado compositor Ohad Talmor, o Coreto traz-nos "música cheia de surpresas, cores e ideias, maravilhosamente servida por solistas inspirados".