Fonte: Camilla Morello, Paolo Taccardo, Patrick Clark, All Rights Reserved

Sobre

"Urna" é um solo que reflete sobre a relação entre o ser humano e a sua identidade social, sobre a sobrevalorização da consciência e sobre o corpo como produto objetificado.

A inspiração veio do poema do Giulio Morello, Multa per inane videbis corpora, título que cita o De rerum natura, convite a tomar consciência do estado do humano: “Imaginemos um indivíduo em movimento / que em cada passo extraia duma urna / a instrução para o passo seguinte: / direita esquerda frente atrás. // Imaginemos que milhões de indivíduos / movem-se da mesma forma, ora: / o que é que nos distingue dos corpúsculos de gás? / Talvez a ilusão de governar o destino?”

Como é que se desconstrói o indivíduo informado cultural e socialmente, depois de entrar no loop das suas próprias cegas convicções?

Urna é a oportunidade não aproveitada, perdida para sempre num não-tempo longínquo. É a perda de perguntas significativas e a obsessão por respostas tranquilizadoras e efémeras.

Urna é o que sobra depois da curiosidade, que se torna opressão, que cede lugar ao cacofónico redundante, que por sua vez cede o lugar ao absurdo, que cede o lugar ao vazio, que cede o lugar a novas possibilidades, que geram outras curiosidades. E assim por diante para sempre.

O que sobra é um loop; movimentos, palavras, símbolos esvaziados de significado, repetem-se até ao ridículo para podermos refletir acerca da urgência de reduzir (ou elevar?) o ser humano à besta rendida.

Quando

Sexta-feira, 7 Fevereiro 2020 21:00-22:00

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Localização

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  • Preço
    7€
  • Promotor
    Palcos Instáveis
  • Audiência Alvo
    Jovens (12-18)Adultos (19-64)Séniores (>65)
  • Visit Porto

    2020-01-23